É frequentemente nos chamados "romances policiais" e congéneres que podemos constatar não talvez a grande literatura (o que quer que isso seja), mas o pulsar da "alma humana" (o que quer que isso seja também), o retrato do que a humanidade tem de bom e de mau e muitas vezes a denúncia das origens desse mal, sejam elas a pressão do condicionamento social ou características individuais susceptíveis de potenciar o lado negro que eventualmente existe em cada um de nós.
Eis os meus autores "policiais" de referência:
- Patricia Highsmith (americana que, nos últimos anos de vida, residia na Suiça);
- Donna Leon (americana a viver em Veneza);
- Andrea Camilleri (italiano da Sicilia);
- Georges Simenon (belga de lingua francesa);
- Ian McEwan (inglês);
- Manuel Vásquez Montalban (español de Barcelona - ou catalão, como se queira);
- Luiz Alfredo Garcia-Rosa (brasileiro);
- Ruth Rendell (inglesa); e
- Magdalen Nabb (inglesa que viveu metade da sua vida, até morrer, em Florença).
A todos eles devo muitas horas de prazer na leitura.
domingo, 31 de maio de 2009
Pensamento que subscrevo
"(...) Depois das ruinosas experiências do século anterior, de tantos comportamentos incorrectos, de tantas mortes, instalou-se um agnosticismo repugnante em torno das questões da justiça e da redistribuição da riqueza. Acabaram-se os grandes ideais (...)" Ian McEwan em "Sábado".
'Tá bem, Sartre tinha dito - com alguma razão -, em "As mãos sujas", que era preciso sujar as mãos de sangue e de merda para poder fazer alguma coisa pela Humanidade, contrariando os idealistas que, segundo ele, eram ineficazes/impotentes (tolhidos precisamente pelos seus ideais), mas terá havido sangue e merda demais...
'Tá bem, Sartre tinha dito - com alguma razão -, em "As mãos sujas", que era preciso sujar as mãos de sangue e de merda para poder fazer alguma coisa pela Humanidade, contrariando os idealistas que, segundo ele, eram ineficazes/impotentes (tolhidos precisamente pelos seus ideais), mas terá havido sangue e merda demais...
Mestre Aquilino em "Andam faunos pelos bosques"
sábado, 30 de maio de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Medo de quê?
"(...)- Medo de quem?
- Do Estado. Da Policia. De serem acusados e de se verem enredados nos mecanismos da Justiça.
Que maior medo pode assaltar o cidadão: ser vitima de um roubo não é nada comparado com isso.(...)"
Donna Leon em "The girl of his dreams", 2008.
Atenção que isto, pelo menos em Portugal, só se aplica ao Zé dos Anzóis, não às classes lá de cima e seus altos serventes. A nossa (salvo seja) por assim dizer Justiça é uma "justiça" de classe.
- Do Estado. Da Policia. De serem acusados e de se verem enredados nos mecanismos da Justiça.
Que maior medo pode assaltar o cidadão: ser vitima de um roubo não é nada comparado com isso.(...)"
Donna Leon em "The girl of his dreams", 2008.
Atenção que isto, pelo menos em Portugal, só se aplica ao Zé dos Anzóis, não às classes lá de cima e seus altos serventes. A nossa (salvo seja) por assim dizer Justiça é uma "justiça" de classe.
E esta, hein?...
A "polémica" salta aos olhos
São dela ou não são dela?
E o que é que isso interessa agora?
Agora estão assim, já não há nada a fazer. Eu, sinceramente, acho que ela não tinha necessidade nenhuma daquilo, porque já era muito bonita antes. São opções - parvas, mas pronto.
Agora que está assim, ficou mais picante, mais sexy convenhamos, e eu, pessoalmente, não me importava nada de, enfim, adivinha-se, não é?...
E o que é que isso interessa agora?
Agora estão assim, já não há nada a fazer. Eu, sinceramente, acho que ela não tinha necessidade nenhuma daquilo, porque já era muito bonita antes. São opções - parvas, mas pronto.
Agora que está assim, ficou mais picante, mais sexy convenhamos, e eu, pessoalmente, não me importava nada de, enfim, adivinha-se, não é?...
Portugal
"(...)A Santa Paciência, país, a tua padroeira
já perde a paciência à nossa cabeceira.
Que Santa Sulipanta nos conforte
na má vida, país, na boa morte(...)
Alexandre O'neill "Feira cabisbaixa", 1965.
O O' neill sabia da poda.
já perde a paciência à nossa cabeceira.
Que Santa Sulipanta nos conforte
na má vida, país, na boa morte(...)
Alexandre O'neill "Feira cabisbaixa", 1965.
O O' neill sabia da poda.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Cromos do país real
domingo, 17 de maio de 2009
O melhor café é o d' A Brasileira...
As saudades que eu tenho do café de saco d' A Brasileira de Coimbra (já para não falar dos tempos passados no café, cujas instalações fecharam há uns anos e onde agora pode encontrar-se mais um pronto a vestir merdoso) mitiguei-as agora com café de saco d' A Brasileira de Braga. Há seis meses que não bebia uma bica! Deixei de beber desde que soube que tinha tendência para ter tensão alta, mas também não senti muito a falta porque raramente hoje em dia se encontra uma bica de jeito e os cafés de Coimbra também não são lá muito convidativos.
Dúvida...
Novo estilo arquitectónico espalha-se pelo país
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