domingo, 28 de junho de 2009

Uma coisa muito na moda

"Contestação para consumo das classes cultivadas" por Pierre Rimbert no Le Monde Diplomatic:
"(...) Deste modo, a ascensão das classes médias levou a educação política a deslocar-se do local de trabalho para estes lugares de prazeres: À lição factual dada pela greve substitui-se agora a lição pura e simples: num estrado, as personalidades, seleccionadas em função da sua capacidade para mobilizar grandes audiências, vão encadeando as intervenções - não demasiado longas, para não «cansarem o auditório». Assim sendo, a contestação, em vez de se transformar em força material, devém recreação cultural de tonalidade política."
"(...)Nada de organização nem de perspectivas a longo prazo: para o activista, o empenhamento limita-se às «acções». Estas, anunciadas por SMS ou em sítios da Internet, produzem resultados instantâneos, avaliados em função do seu rendimento mediático."
E o contraponto dos clássicos, citados neste artigo:
"Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é transformá-lo" - Marx.
"Que ingenuidade infantil, isso de uma pessoa erigir a sua própria impaciência em argumento teórico!" Engels.

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