sábado, 5 de abril de 2014

Trabalho

No trabalho que era o meu sentia-me como aqueles burros amarrados à nora, a andar à roda à volta do poço para receber a ração diária da palha necessária a sobreviver. O trabalho era útil e garantia-me a sobrevivência, mas não basta ao homem (ou, pelo menos, não me bastava a mim) ter um trabalho útil e que lhe garanta a sobrevivência. A liberdade de não estar amarrado (condenado) à volta do poço não tem preço! 32 anos é muito tempo a tirar água à nora, mais do que o máximo de pena de prisão admitido neste país.

Alguns dos meus pratos preferidos

Cabrito, cordeiro, posta mirandesa e bacalhau à Gomes de Sá. Além de bons, são bonitos de ver.

Marx e Pessoa

Marx dizia que por detrás das opiniões estão sempre os interesses da pessoa que opina. Eu concordo. Acho que em, pelo menos, 90% das vezes é assim. Às vezes (se calhar + vezes do que as que são admissíveis para não me iludir ou prejudicar) esqueço-me disso ou deixo-me levar... Fernando Pessoa: "Eu não sou nada, nunca serei nada, não posso querer ser nada; à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo." Também eu.