sábado, 5 de abril de 2014
Trabalho
No trabalho que era o meu sentia-me como aqueles burros amarrados à nora, a andar à roda à volta do poço para receber a ração diária da palha necessária a sobreviver. O trabalho era útil e garantia-me a sobrevivência, mas não basta ao homem (ou, pelo menos, não me bastava a mim) ter um trabalho útil e que lhe garanta a sobrevivência. A liberdade de não estar amarrado (condenado) à volta do poço não tem preço! 32 anos é muito tempo a tirar água à nora, mais do que o máximo de pena de prisão admitido neste país.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário