Uma análise interessante de Vasco Pulido Valente:
(...) no nosso país, pobre, a esmagadora maioria dos portugueses pede ao Estado que a salve. Empresas, funcionários, trabalhadores, desempregados, reformados, doentes, pais - milhões que não suportam o presente e não vêem um futuro suportável, contam com o Estado e só com o Estado. É o que o PS lhes promete e o PSD (que não por acaso se chama social-democrata) não lhes pode tirar. Fica então o quê? Pequenas questões de gestão financeira? Os costumes? A hipóstese, aliás duvidosa, de governar melhor o "socialismo"? No fundo, nada." Pobre PSD...
Eu cá faria questão de acentuar que as grandes empresas, as que teóricamente não precisariam do Estado para nada, também comem à mesa do orçamento (por cima e/ou por baixo da mesa) e como comem! - e naturalmente também têm as suas preferências eleitorais, também são clientelas - e de peso! O PS e o PSD disputam sobretudo o amor delas - o resto, a assistência social, o lado social do Estado, de que fala V.P.V. no texto, são amendoíns.