A estrela feminina.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
PEC 3
Estas medidas novas que parece que aí vêm, no próximo orçamento de Estado, penalizam os do costume, com o aumento de 2% no IVA e o desconto de mais 1% para a CGA por ex., mas também vão penalizar a própria clientela do bloco central, com a redução entre 3% e 10% dos vencimentos da função pública e empresas públicas superiores a € 1.500,00...
Bem feita: essa canalha vai finalmente pagar pelos votos que têm posto na urna durante estes anos todos, à coca de pouco trabalho, de muito dinheiro e privilégios q.m.m. (quantos mais, melhor). Só é pena eu ter de pagar também - eu que nunca votei nestes filhos da puta, e que ganho os tais € 1.500,00.
Bem feita: essa canalha vai finalmente pagar pelos votos que têm posto na urna durante estes anos todos, à coca de pouco trabalho, de muito dinheiro e privilégios q.m.m. (quantos mais, melhor). Só é pena eu ter de pagar também - eu que nunca votei nestes filhos da puta, e que ganho os tais € 1.500,00.
domingo, 10 de outubro de 2010
Saramago, "O ano da morte de Ricardo Reis"
1 - "(...) Só uma vaga pena inconsequente pára um momento à porta da minha alma e após fitar-me um pouco passa, a sorrir de nada (...)". pg 139.
2 - " (...) e ter o seu momento de felicidade, qual seja, tão-só o de sentir-se como uma ilha deserta que uma ave sobrevoou, de passagem apenas; trazida e levada pelo inconstante vento (...)". pg.169.
3 - "(...) Um homem recebe uma carta de prego ao largar do porto, abre-a no meio do oceano, só água e céu, e a tábua onde assenta os pés, e o que alguém escreveu na carta é que daí para diante não haverá mais portos aonde possa recolher-se, nem terras desconhecidas a encontrar, nem outro destino que o do Holandês Voador, não mais que navegar, içar e arrear as velas, dar à bomba, remendar e pontear, raspar a ferrugem, esperar. (...)". pg. 296.
1 - Quando um amor se vai...ou o deixamos ir...por entre os dedos...e nos resignamos.
2 - Quando a graça de um novo fascínio nos envolve...nem que seja por um tempo curto...e que até sabemos que vai ser curto, efémero.
3 - Às vezes, nesta minha idade de quase 6 décadas, sinto-me assim, raspando a ferrugem do barco, esperando (às vezes nem sequer já esperando nada).
2 - " (...) e ter o seu momento de felicidade, qual seja, tão-só o de sentir-se como uma ilha deserta que uma ave sobrevoou, de passagem apenas; trazida e levada pelo inconstante vento (...)". pg.169.
3 - "(...) Um homem recebe uma carta de prego ao largar do porto, abre-a no meio do oceano, só água e céu, e a tábua onde assenta os pés, e o que alguém escreveu na carta é que daí para diante não haverá mais portos aonde possa recolher-se, nem terras desconhecidas a encontrar, nem outro destino que o do Holandês Voador, não mais que navegar, içar e arrear as velas, dar à bomba, remendar e pontear, raspar a ferrugem, esperar. (...)". pg. 296.
1 - Quando um amor se vai...ou o deixamos ir...por entre os dedos...e nos resignamos.
2 - Quando a graça de um novo fascínio nos envolve...nem que seja por um tempo curto...e que até sabemos que vai ser curto, efémero.
3 - Às vezes, nesta minha idade de quase 6 décadas, sinto-me assim, raspando a ferrugem do barco, esperando (às vezes nem sequer já esperando nada).
Correlação de forças
"Se não pararmos a islamização agora, a Eurábia é uma questão de tempo" - Gert Wilders, líder do partido holandês Pela Liberdade, dixit.
Eu acho que, já que a esquerda parece não saber (ou não ter vocação para) tratar destes assuntos, não parece haver alternativa a ser a direita a tratar deles. Parece-me bem que haja sempre (ou quase sempre, não sei) um braço de ferro entre esquerda e direita, que haja sempre uma contra-corrente minoritária para que as coisas não se desiquelibrem para um dos lados. Se a esquerda não parece capaz de evitar (melhor: de prevenir) que as sociedades seculares europeias voltem a ser confessionais, que seja a direita, mesmo mal e porcamente como é habitual, a ser a contra-corrente.
Eu acho que, já que a esquerda parece não saber (ou não ter vocação para) tratar destes assuntos, não parece haver alternativa a ser a direita a tratar deles. Parece-me bem que haja sempre (ou quase sempre, não sei) um braço de ferro entre esquerda e direita, que haja sempre uma contra-corrente minoritária para que as coisas não se desiquelibrem para um dos lados. Se a esquerda não parece capaz de evitar (melhor: de prevenir) que as sociedades seculares europeias voltem a ser confessionais, que seja a direita, mesmo mal e porcamente como é habitual, a ser a contra-corrente.
Eles podem dar-se ao luxo de dizerem o que quiserem...
...que as consequências não são nenhumas - para eles.
"Não são sacrificios incompotàveis. O povo tem de sofrer as crises como o governo as sofre" - Almeida Santos, "senador" da nossa República de trazer por casa, dixit.
Já há muito que o homem está gágá, mas a este ponto...
Parece aquela história da Maria Antonieta: "Se não têm pão, comam brioches."
"Não são sacrificios incompotàveis. O povo tem de sofrer as crises como o governo as sofre" - Almeida Santos, "senador" da nossa República de trazer por casa, dixit.
Já há muito que o homem está gágá, mas a este ponto...
Parece aquela história da Maria Antonieta: "Se não têm pão, comam brioches."
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
...de alta escola
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Arte
Para Eça, o "manto diáfano da fantasia" sobre a realidade nua e crua; para Pessoa, o "fingimento"; para António Aleixo, "a arte é dom de quem cria - por isso não é artista aquele que só copia aquilo que tem à vista". Relativamente à minha "arte", a fotografia, também acho que, exceptuando a fotografia documental, a outra, a "artística", tem de fazer "ver" algo que não se vê na foto, alguma coisa que a torna mais do que simples espelho da realidade, uma mais valia qualquer que me impeça de pensar que mais valia estar quieto.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
Trindade
A "história da minha vida": a primeira (a contar de cima) é a mulher que fascina todos os homens, a mulher fatal, a que leva o homem pela corda; a segunda é o meu toque estrangeirado (um dos meus sonhos impossíveis era ir, nem que fosse só uma vez, a uma casa de gueixas); e a terceira é mais o meu sentido prático (que, sim, também tenho): uma moça bonita, não muito bonita, simples, com ar de boa pessoa (esta, por mero acaso, é italiana e parecida com uma moça das minhas relações de quem gostei muito).
Já agora, as imagens (minhas) foram colhidas na Feira Medieval de Óbidos, este ano.
Já agora, as imagens (minhas) foram colhidas na Feira Medieval de Óbidos, este ano.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Resistir
Não é fácil não pertencer às maiorias. Não sou do Benfica (nem do Porto, nem do Sporting - tenho simpatia pelo Belenenses que este ano até desceu de divisão...). Não sou católico (nem sequer tenho fé). Não voto nem tenho a mínima simpatia pelos grandes partidos do bloco central, PS e PSD. Não sou patriota (talvez um bocadinho quando joga a selecção), etc, etc, etc. Garanto que remar contra a corrente é duro.
"Cadáveres adiados" de Ernest Mandel
É a história do romance policial vista de um ponto de vista marxista - e, do ponto de vista histórico, o correcto.
"(...) escreve Graham Green: «Por vezes pergunto a mim próprio como é que aqueles que não são capazes de escrever, de compor ou de pintar, conseguem escapar ao absurdo, à tristeza e ao terror que caracterizam a condição humana.» Compreendo isto perfeitamente, mas também sei que há pessoas aos magotes que não precisam de escrever, pintar ou compor para serem felizes ou, pelo menos, para estarem contentes de vez em quando. E mais: muitas vezes quanto mais se pensa ou mais sensível se é, mais se sofre meste mundo-cão-de-fila. Sei-o por mim próprio.
Georges Simenon declarou: «90% das pessoas são escravos, incluindo os empregados qualificados e mesmo os quadros, escravos que não se apercebem de que são explorados por uma pequena minoria.» (Não se apercebem e pensam que fazem parte da elite). Assino por baixo.
"(...) escreve Graham Green: «Por vezes pergunto a mim próprio como é que aqueles que não são capazes de escrever, de compor ou de pintar, conseguem escapar ao absurdo, à tristeza e ao terror que caracterizam a condição humana.» Compreendo isto perfeitamente, mas também sei que há pessoas aos magotes que não precisam de escrever, pintar ou compor para serem felizes ou, pelo menos, para estarem contentes de vez em quando. E mais: muitas vezes quanto mais se pensa ou mais sensível se é, mais se sofre meste mundo-cão-de-fila. Sei-o por mim próprio.
Georges Simenon declarou: «90% das pessoas são escravos, incluindo os empregados qualificados e mesmo os quadros, escravos que não se apercebem de que são explorados por uma pequena minoria.» (Não se apercebem e pensam que fazem parte da elite). Assino por baixo.
Ian McEwan
Acabei de ler "Solar", o último romance de um dos meus autores contemporâneos preferidos.
Gostei mais de outros anteriores. Neste deve ter-me passado ao lado qualquer coisa. Gostei, mas podia, se calhar, ter gostado mais.
No fundo (ou não) trata-se da história de um cientista brilhante a quem deram um Nobel e que, depois disso, como homem banal que já seria antes, se deixou adormecer - e engordar - à sombra do prémio e que, por vaidade, preguiça, coberdia, desleixo ou simples inércia (ou tudo junto) acaba por meter os pés pelas mãos numa séria de trapalhadas sucessivas que o levam a um ocaso no mínimo deprimente.
Moral da história? Quem quiser que a tire, porque a mim agora não me apetece.
Gostei mais de outros anteriores. Neste deve ter-me passado ao lado qualquer coisa. Gostei, mas podia, se calhar, ter gostado mais.
No fundo (ou não) trata-se da história de um cientista brilhante a quem deram um Nobel e que, depois disso, como homem banal que já seria antes, se deixou adormecer - e engordar - à sombra do prémio e que, por vaidade, preguiça, coberdia, desleixo ou simples inércia (ou tudo junto) acaba por meter os pés pelas mãos numa séria de trapalhadas sucessivas que o levam a um ocaso no mínimo deprimente.
Moral da história? Quem quiser que a tire, porque a mim agora não me apetece.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Vergílio Ferreira
Se há um escritor português consagrado a que sempre resisti é o V. F.. Há muitos anos já, tentei ler o romanve "Aparição" e larguei-o logo nas primeiras páginas - não me dizia nada, era um frete. Há dias, peguei nele e levei-o até ao fim. Não sem me forçar um bocado. Bom, não volto a pegar num romance do V. F.. E o curioso é que li, também há muitos anos, um livro de contos dele e gostei muito; lembro-me até de um deles, delicioso, sobre uma galinha de louça.
"(...) Mas é um sítio ideal para ele - disse a Ana. Está isolado, pode meditar em sossego sobre o «espantoso milagre de estar vivo e o incrível absurdo da morte». Mas tu não riste, Ana. E perguntáste-lhe a ele o que tinha ele a dar aos homens. Chico foi claro como um murro. - Pão e orgulho. - Orgulho de quê? - Deles mesmos. Para não consentirem que lhes ponham a pata em cima."
Cá por mim, estou com o Chico e cansam-me de morte (de aborrecimento) as meditações profundas e solipsistas do protagonista do romance - que é o autor.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Vale tudo neste mundo de merda...
...para quem é feito de(ssa mesma) merda.
"Há técnicas (de assédio). Posso contar o caso de um estágio de formação em que cada um dos 15 participantes, quadros superiores, recebeu um gatinho. O estágio durou uma semana. Como é óbvio, as pessoas afeiçoaram-se ao gato. E, no fim, o director deu a ordem a todos de matar o gato". im jornal "Público"
Ah, parece que um dos 15 não matou o seu gato.
"Há técnicas (de assédio). Posso contar o caso de um estágio de formação em que cada um dos 15 participantes, quadros superiores, recebeu um gatinho. O estágio durou uma semana. Como é óbvio, as pessoas afeiçoaram-se ao gato. E, no fim, o director deu a ordem a todos de matar o gato". im jornal "Público"
Ah, parece que um dos 15 não matou o seu gato.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
A quem o dizes...
terça-feira, 13 de abril de 2010
Notícias ilustrativas do estado do mundo
"Nem a crise económica trava corrida internacional ao armamento".
"O atum azul, o tubarão-martelo, o urso polar e os corais rosa e vermelhos encontram-se do lado dos vencidos na reunião da ONU sobre o comércio de espécies ameaçadas".
- in Público de 27 e 26/3/2010.
O que é preciso e fazer negócio, maximizar os lucros - custe o que custar.
No fucking future!
"O atum azul, o tubarão-martelo, o urso polar e os corais rosa e vermelhos encontram-se do lado dos vencidos na reunião da ONU sobre o comércio de espécies ameaçadas".
- in Público de 27 e 26/3/2010.
O que é preciso e fazer negócio, maximizar os lucros - custe o que custar.
No fucking future!
Espaço
Natureza...espaço...
Talvez (não só mas) também por viver na cidade, sítio com espaços geralmente apertados (quando não fechados) e cheios de gente, não gosto de pessoas "espaçosas".
Talvez (não só mas) também por viver na cidade, sítio com espaços geralmente apertados (quando não fechados) e cheios de gente, não gosto de pessoas "espaçosas".
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Anos vermelhos...ou verdes?
Gosto muito destes dois escritores. Já gostava, antes de ler estes dois livros.
Estes livros, publicados há relativamente pouco tempo, reflectem o actual refluxo na luta de classes (para quê ter medo das palavras?). Parece que chegámos a um tempo em que o capitalismo se impôs de tal maneira que não se vê nenhuma saída/alternativa e até os intelectuais de esquerda olham para trás em vez de para a frente.
Estes livros, publicados há relativamente pouco tempo, reflectem o actual refluxo na luta de classes (para quê ter medo das palavras?). Parece que chegámos a um tempo em que o capitalismo se impôs de tal maneira que não se vê nenhuma saída/alternativa e até os intelectuais de esquerda olham para trás em vez de para a frente.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Artesanato dos arredores de Salamanca
segunda-feira, 29 de março de 2010
quinta-feira, 25 de março de 2010
Abraços grátis
Anteontem, vinha eu do trabalho quando vi virem na minha direcção 5 raparigas de 16/17 anos segurando nas mãos cartazes onde se podia ler "Abraços grátis" (ou livres, não me lembro). Já tinha visto este tipo de situações, "Free Hugs", através do Youtube, noutras cidades do mundo. Nunca imaginei ver disto em Coimbra. Foi espontâneeo: abri os braços e abracei a que vinha mais na minha direcção. Não me perguntem detalhes sobre a moça. Não sei. Tenho ideia que era medianamente bonita e que vestia meio-hippie. Não interessa. Aquele abraço inesperado salvou-me o dia.
segunda-feira, 22 de março de 2010
Solar vs lunar
Se tivesse que optar, optaria pelo Verão e não pelo Inverno, pelo Sol e não pela Lua, pelo mar e não pela serra. Embora Inverno, Lua e serra também tenham os seus encantos. Acho-me um ser solar, mais virado para a alegria do que para a melancolia - embora tenha também os meus dias cinzentos.
Para as nuvens que, de fora, querem tapar o meu sol, eu faço como este boneco (descoberto pelo zoom da minha máquina no bairro dos pescadores em Esmoriz).
Para as nuvens que, de fora, querem tapar o meu sol, eu faço como este boneco (descoberto pelo zoom da minha máquina no bairro dos pescadores em Esmoriz).
Subscrever:
Mensagens (Atom)